Cicloturismo - passeio de bicicleta - Baleal Peniche Baleal (24km) - fácil
Aparecem exemplos de blogueiros como aqui, no Santa Terrinha, que deixam um mapa com um esquema e uma descrição sumária do percurso. É uma excelente ideia visto que não existem bases centralizadas on-line. Hoje em dia o BTT ou intermédias, ganham adeptos porque levam os ciclistas para fora das estradas nacionais, para o meio da Natureza, sempre que possível. É de facto mais seguro. É preciso transportar as bicicletas no carro, com barras e suportes próprios, para as levar aos sítios interessantes. Acreditem, fazer 50km de estrada numa bicicleta de estrada, é tão cansativo como fazer 15km em terrenos "campestres", pelo que compensa.
Prometo ir deixando aqui alguns passeios que vou fazendo na zona oeste. Começo por este, de Peniche.
Baleal - Peniche - Baleal
dificuldade: fácil
distância: 25km
duração: +- 1h:30
1
Sair na A8 para Peniche, seguir para o Baleal, e estacionar do lado de cá, isto é, não levar o carro para a ilha que está ligada por uma estrada de uma faixa. Isso é para o passeio dos tristes. Os bons visitam a ilha de bicicleta ou a pé. É a primeira coisa a fazer, partam para a ilha, dêem a volta (por qualquer um dos lados, como Robinson Crusoe descobriu, vão dar ao ponto de partida). Aproveitem para ver o mar e invejar os sortudos que têm ali casa, construída ilegalmente no final dos 70s, mas ali está e bom proveito para eles. Humpf.
2
Voltem para o lado de "cá" e entrem na gigantesca ciclovia que liga o Baleal a Peniche. Não é especialmente divertido, são rectas enormes. Aos fins de semana há muito trânsito, cuidado, não atropelem aqueles casais que gostam de andar a pé nas ciclovias, algo que me deixa francamente intrigado, visto que a praia do Baleal é óptima para andar a pé, pois tem um areal enorme que liga o Baleal a Peniche e que fica bem duro e estável, ideal até para os amantes do jogging. Ultrapassa-me que prefiram andar a pé à torra do sol, encostados a uma estrada de alcatrão. Outro exemplo surpreendente é a ciclovia da lagoa de óbidos que é usada regularmanente por pedestres, quando a lagoa e as suas belas margens frescas estão ali a 200m...
3
Chegados a Peniche, cortem à direita na primeira rotunda e sigam sempre em frente para o cabo carvoeiro, pelo lado norte. Aqui é estrada, mas durante a semana é muito pouco movimentado. Aqui encontram as subidas, embora sejam realmente muito pouco inclinadas e muito suaves. Aproveitem para parar na "varanda de pilatos" ou no café do cabo carvoeiro. A vista é esplendorosa. Bebam água, tirem fotos, essas coisas. A Nau dos Corvos é fantástica e nunca as Berlengas se viram tão bem de terra. Cliquem Aqui- têm uma listagem de pontos de interesse do Cabo Carvoeiro.
4
Continuamos o caminho, podem sair da estrada, há uma série de carreirinhos com nomes sugestivos com diabo e inferno pelo meio, onde intrépidos pescadores descem para para pescar peixinho fresco. Chegados a Peniche, podem ver o forte onde Álvaro Cunhal esteve preso e conseguiu fugir. Tentem descobrir como e por onde. Não é fácil. Vão pelo pontão do farol de peniche, vejam os barcos, e invejem os donos dos dos veleiros, especialmente os de mais de 7 metros. Eu pelo menos invejo sempre, faz-me bem, dá uma espécie de motivação extra para sermos ricos nós também. Se calcularam bem o tempo de percurso, sigam para o ponto 5.
5
Almoço! Passar por Peniche e não comer uma caldeirada é crime, até para o ciclista desportivo que está no pelotão da frente. Nem o Lance Armstrong resistiria ao cheirinho que emana dos caldeirões. Podem deixar a bicicleta junto à esplanada que escolherem. Recomendo o restaurante do toldo verde, logo o primeiro que tem vista para o cais, porque está mais perto, e qualquer esforço extra para a operação delicada que se segue, não é recomendável. Comam bem, empanturrem-se, vai ajudar-vos a pedalar. Os preços são baixos quando comparados com o mesmo prato em Lisboa, mas com muito mais qualidade e variedade de peixe. Uma caldeirada para duas pessoas (na prática 3 ou mais) custa 22 euros, o mesmo que um ovo escalfado e um cestinho de pão nos restaurantes que o Eduardo Pitta recomenda.
6
Depois do café, partam de novo para o Baleal pela ciclovia de novo. Não recomendo ir pela praia porque areia, água salgada e rolamentos de bicicleta não combinam bem. Agora, estranhamente, custa mais depois do almoço. Pode ser por estar mais calor ou pode ser do almoço no bucho. O terreno continua plano mas parece que custa mais. O grau de dificuldade varia consoante a quantidade de caldeirada e imperiais que consumiram. Amadores, tenham cuidado.
Depois desta manhã desportiva, vinguem-se a ver filmes na TVI a tarde toda.
Nota muito positiva para as câmaras municipais que apostam em ciclovias.
Prometo ir deixando aqui alguns passeios que vou fazendo na zona oeste. Começo por este, de Peniche.
Baleal - Peniche - Baleal
dificuldade: fácil
distância: 25km
duração: +- 1h:30
1
Sair na A8 para Peniche, seguir para o Baleal, e estacionar do lado de cá, isto é, não levar o carro para a ilha que está ligada por uma estrada de uma faixa. Isso é para o passeio dos tristes. Os bons visitam a ilha de bicicleta ou a pé. É a primeira coisa a fazer, partam para a ilha, dêem a volta (por qualquer um dos lados, como Robinson Crusoe descobriu, vão dar ao ponto de partida). Aproveitem para ver o mar e invejar os sortudos que têm ali casa, construída ilegalmente no final dos 70s, mas ali está e bom proveito para eles. Humpf.
2
Voltem para o lado de "cá" e entrem na gigantesca ciclovia que liga o Baleal a Peniche. Não é especialmente divertido, são rectas enormes. Aos fins de semana há muito trânsito, cuidado, não atropelem aqueles casais que gostam de andar a pé nas ciclovias, algo que me deixa francamente intrigado, visto que a praia do Baleal é óptima para andar a pé, pois tem um areal enorme que liga o Baleal a Peniche e que fica bem duro e estável, ideal até para os amantes do jogging. Ultrapassa-me que prefiram andar a pé à torra do sol, encostados a uma estrada de alcatrão. Outro exemplo surpreendente é a ciclovia da lagoa de óbidos que é usada regularmanente por pedestres, quando a lagoa e as suas belas margens frescas estão ali a 200m...
3
Chegados a Peniche, cortem à direita na primeira rotunda e sigam sempre em frente para o cabo carvoeiro, pelo lado norte. Aqui é estrada, mas durante a semana é muito pouco movimentado. Aqui encontram as subidas, embora sejam realmente muito pouco inclinadas e muito suaves. Aproveitem para parar na "varanda de pilatos" ou no café do cabo carvoeiro. A vista é esplendorosa. Bebam água, tirem fotos, essas coisas. A Nau dos Corvos é fantástica e nunca as Berlengas se viram tão bem de terra. Cliquem Aqui- têm uma listagem de pontos de interesse do Cabo Carvoeiro.
4
Continuamos o caminho, podem sair da estrada, há uma série de carreirinhos com nomes sugestivos com diabo e inferno pelo meio, onde intrépidos pescadores descem para para pescar peixinho fresco. Chegados a Peniche, podem ver o forte onde Álvaro Cunhal esteve preso e conseguiu fugir. Tentem descobrir como e por onde. Não é fácil. Vão pelo pontão do farol de peniche, vejam os barcos, e invejem os donos dos dos veleiros, especialmente os de mais de 7 metros. Eu pelo menos invejo sempre, faz-me bem, dá uma espécie de motivação extra para sermos ricos nós também. Se calcularam bem o tempo de percurso, sigam para o ponto 5.
5
Almoço! Passar por Peniche e não comer uma caldeirada é crime, até para o ciclista desportivo que está no pelotão da frente. Nem o Lance Armstrong resistiria ao cheirinho que emana dos caldeirões. Podem deixar a bicicleta junto à esplanada que escolherem. Recomendo o restaurante do toldo verde, logo o primeiro que tem vista para o cais, porque está mais perto, e qualquer esforço extra para a operação delicada que se segue, não é recomendável. Comam bem, empanturrem-se, vai ajudar-vos a pedalar. Os preços são baixos quando comparados com o mesmo prato em Lisboa, mas com muito mais qualidade e variedade de peixe. Uma caldeirada para duas pessoas (na prática 3 ou mais) custa 22 euros, o mesmo que um ovo escalfado e um cestinho de pão nos restaurantes que o Eduardo Pitta recomenda.
6
Depois do café, partam de novo para o Baleal pela ciclovia de novo. Não recomendo ir pela praia porque areia, água salgada e rolamentos de bicicleta não combinam bem. Agora, estranhamente, custa mais depois do almoço. Pode ser por estar mais calor ou pode ser do almoço no bucho. O terreno continua plano mas parece que custa mais. O grau de dificuldade varia consoante a quantidade de caldeirada e imperiais que consumiram. Amadores, tenham cuidado.
Depois desta manhã desportiva, vinguem-se a ver filmes na TVI a tarde toda.
Nota muito positiva para as câmaras municipais que apostam em ciclovias.